quinta-feira, 12 de agosto de 2010

uma história de gambás e vizinhos

                                                                   foto de Paulo Bernarde





Fico pensando... tem pessoas q chegam aos 90 anos sem nunca terem tido q passar por certas situações.... e eu, na flor do meus 28, enfrento cada uma...

Ontem a noite, por exemplo, apareceu um gambá morto na minha garagem. Tenho certeza q muita gente nunca nem viu um gambá de perto... mas pra mim as coisas são um pouco mais complicadas, eu não só vi, como o danado resolveu falecer bem na minha garagem.

E era bonitinho, tão gordinho e fofo... dei uma olhada e rezei pra q estivesse só dormindo... um pouco estranho se largar assim no meio da garagem dos outros  para uma soneca.... mas nunca se sabe oq se passa na cabeça dos gambás.
 Logo lembrei q dentes de gambá são afiadíssimos... achei melhor esperar amanhecer pra ter certeza de q estava bem mortinho mesmo.

Hoje fui lá dar um jeito no bichinho e o Ruffus (meu dog),  com cara de culpado, só esticando o olho pro meu lado... aí entendi tudo e já fui logo esbravejando: - Seu safado, foi vc! Assim não dá! Eu não vou ficar de empregada sua,  não! Eu penso assim, se vc fez a arte, vc q limpe! Toma a vassoura! E estiquei a vassoura pra ele. Só não contava q meu vizinho da frente  estava lá assistindo ao meu monólogo. E quando notou q eu havia percebido sua presença ficou sem gracinha, me deu um bom dia e empirulitou-se pra dentro de casa.

A questão é:  tem sempre um vizinho vendo tudo! Ou quase tudo e imaginando o resto...oq pode ser bem pior.

Desde  q me entendo por gente isso sempre acontece comigo... até hoje fico a imaginar oq o Sr. Takimura pensa a meu respeito. Lá pelos meus 16, teve uma festa do cabelo doido, eu ajeitei um penteado maluco e saí de casa, melindrosamente, olhando pra todos os lados pra ter certeza de q ninguém ia me ver com aquele cabelo esquisito no meio da rua. Precisava chegar sã e salva de olhares curiosos na casa da  minha amiga q ficava a um quarteirão de distância da minha. Quando escutava um barulhinho de carro ou de gente, eu me escondia atrás dos postes. 
E foi numa dessas, quando eu estava bem escondida espiando se o caminho estava livre, q olho de lado e lá está o Sr. Takimura sentadinho numa cadeira observando todos os meus passos, as corridinhas e as escondidas atrás dos postes da rua, desde a saída de casa. E ele, da varanda, todo sem jeito: - ô minha filha, tô aqui tomando uma fresca.
E eu, de detrás do poste, mais sem jeito ainda: - tá quente demais, né Sr. Takimura! 
E nunca mais tocamos no assunto.

Mas enfim, depois de ligar para meu marido e ouvir seus conselhos, relutantemente, acabei por fazer o q ele sugeriu. Agora, fico só reprisando a cena: uma dona de casa com um saco de lixo preto, muito suspeito, sai bem cedinho de casa, pé-ante-pé, e desova o saco no mato olhando,  cuidadosamente, para os lados e certificando-se de q não há ninguém na rua. Porém....  tem sempre algum vizinho vendo tudo!

sábado, 7 de agosto de 2010

Meu PAI...


meu TESOURO!
amo... amo... amo...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

eu já sabia que um dia ia sentir saudade sua...

Xote da Saudade - Geraldinho Lins


  =)


"Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue..."