segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tudo só por amor ao forró!!!

"Já cantei, já sofri, já chorei
tudo só por amor ao forró..."


Em homenagem ao aniversário de Luiz Gonzaga - o Rei do Baião e ao Dia Nacional do Forró posto aqui um documentário muito massa dos jornalistas Adriana Caitano e Galton Zé, feito em 2008.
"O filme retrata o movimento pé-de-serra composto principalmente por jovens do Centro-Sul do Brasil que idolatram o forró mais tradicional, difundido por Luiz Gonzaga nos anos 50, e baseado na formação triângulo-zabumba-sanfona. Esses forrozeiros pesquisam o estilo, escutam discos de vinil e reúnem-se várias vezes ao ano em festivais onde toca forró 24 horas por dia. No filme, são mostrados três deles: Rootstock (SP), RioRoots (RJ) e Festival Nacional de Forró de Itaúnas (ES)." 




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

eu também tenho uma flor...


e ninguém escreve um troço lindo desse 
pra mim...
 
:P
PARA UMA MENINA COM UMA FLOR
Vinícius de Moraes
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Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.
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E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras. E porque você quando sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua ddc para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre num nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, como uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der aquela paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.
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E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta mas não concorda porque é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara na Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.
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E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é um vazio tão grande que as outras mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, “Minha namorada”, a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse, cantando sem voz aquele pedaço em que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.
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E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora — tão purinha entre as marias-sem- -vergonha — a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nestas montanhas recortadas pela mão presciente de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa. E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos — eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aleia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão, de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfeitando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações — porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor

sábado, 4 de dezembro de 2010

Na calada da noite

Madrugadas produtivas no msn...  descobertas sensacionais!

Noite estrelada - Van Gogh


Que o Flávio é moço talentosíssimo no quesito música, eu já sabia. 
Agora, pois, o danado me veio com poesia 
Vejam só, quem diria!




Peripécia

Sempre calada na calada da noite
Sempre dizia que amar é importante
Nunca importando se algum dia já foi amada
E na cabeça um pensamento distante
De por um instante ser idolatrada
Sorriso perto e o olhar tão longe
Num horizonte que nunca alcançará
Oh lua vem me mostrar
Oh lua vem me dizer
Por que o destino é assim tão sagaz
Por que a vida é assim tão voraz
Por que você não olha para mim
Tanto faz





Flávio Henrique Gomes Pereira

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fome de leão


Meu coração tá apertadinho hoje.

Acho q é o fim do ano se aproximando e querendo transformar, de novo, o meu presente em passado... as minhas vivências em memórias... tantas coisas lindas, bacanas e outras nem tanto q acabarão como meras recordações e farão parte do meu álbum de saudades.

Que esse meu apego excessivo pelo presente (q já é quase passado) não me impeça de perceber as novas alegrias q ainda estão por vir...
E q essas alegrias não me ceguem diante das q passaram e q me foram e são tão importantes.
Que esse passar do tempo não afogue sentimentos q acabaram de nascer e não me leve amigos de infância q acabei de conhecer...
E se, por acaso, levar q as lágrimas não turvem meus olhos a ponto de não me deixar enxergar e agradecer pelos q ficaram e/ou sempre estiveram ao meu lado.
Que tudo conquistado ainda seja meu no ano q vem...  
Mas aquele "meu" q deixa livre pq sabe q não se vai pq não se quer partir.
Que eu saiba compartilhar todo esse amor q Deus colocou aqui dentro...
E q, de tão gigante, por tantas vezes me sufoca.


E se Clarice estiver certa quando diz q: "a saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença"...


Cuidem-se! Ando numa fome de leão! 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tô sem freio!

Perdi o freio, de novo!
Tá vendo! Eu falo q têm coisas q só acontecem comigo e vcs acham q é exagero.
Mas não conheço ninguém q tenha perdido o freio 3 vezes!!!
Quando eu digo "perdi" tô me referindo ao meu carro, tá.... ele é uma extensão de mim....
ah!
Tá explicado pq vive perdendo o freio...
=P


Achei um episódio do Tom Sem Freio (1967)... desenho antigo é massa!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Coração Imprudente


cair no chorinho...
O quê que pode fazer
Um coração machucado
Senão cair no chorinho
Bater devagarinho pra não ser notado
E depois de ter chorado
Retirar de mansinho
De todo amor o espinho

Profundamente deixado

O que pode fazer
Um coração imprudente
Se não deixar um pouquinho
De seu bater descuidado
E depois de cair no chorinho
Sofrer de novo o espinho

Deixar doer novamente





sexta-feira, 5 de novembro de 2010

É o creme, Jorge!

Hoje, remexendo em velhas memórias, me lembrei de um costume antigo e há muito esquecido por mim. Inventar doença para faltar à escola. Depois de dezenas de tentativas frustradas, descobri q a melhor maneira era ir à escola e inventar um mal-estar repentino por lá mesmo. Muito mais fácil enganar professoras, diretoras, freiras e porteiros do q enganar mães (especialmente a minha).
 Descolava uma respiração ofegante, uma cara sofrida e me reencostava na parede. Imediatamente era avistada pela professora e levada às pressas à sala da tia Sidônia q me colocava sentada numa daquelas cadeiras com fios de silicone e me arrumava uma colherinha com sal. Eu não fazia idéia pra q servia, mas achava muito interessante e de alguma forma sentia q aquilo era vida q eu tinha pedido a Deus.
 Talvez por isso, ainda hj, tenho uma fixação enorme por essas cadeiras.  Logo q me casei quis q as cadeiras da minha casa fossem uma espécie de releitura daquelas, mas acabei descobrindo q fica muito mais em conta comprar dois bancos enormes q sempre cabem mais um do q 4 cadeiras personalizadas q deixam o resto da família de pé.  Quanto ao sal, somado a cadeira, vai muito bem com uma cervejinha gelada.
Enfim, o fato é q de caso pensado e friamente calculado, eu fazia a pobre da minha mãe se despencar lá do centro da cidade e sair do trabalho no meio do expediente na junta comercial pra me pegar na escola, já completamente esquecida  do teatro de moribunda, com um sorrisinho maroto e a cara mais lavada desse mundo.
É claro q ela já entendia td quando dobrava a esquina e eu me levantava bem depressinha do chão, ansiosa pra entrar no carro e finalmente chegar em casa pra assistir a sessão da tarde na tv. É claro tbm, q ela não deixava barato e a bronca durava o tamanho da viagem da escola pra casa.... ainda bem q não morávamos muito longe.
Por isso rolava certa ansiedade na hora de saber quem ia poder se ausentar do trabalho pra me buscar na escola. Eu ficava na torcida pra q não fosse minha mãe... pq eu sabia q ela ia sacar tudo na primeira olhadela q me desse. Se fosse meu pai tava tranquilo, mas melhor mesmo era que fosse o Jorge. O Jorge era um amigo do meu pai, q quebrava o galho de vez em quando, levando e buscando a mim e ao meu irmão na escola, na natação, ou onde quer q fosse... o cara era gente boa demais. Eu desconfiava q era pq ele morava em Monte Alegre e uma cidade com um nome desses devia ser mesmo habitada só por pessoas legais. Mas a melhor parte não era isso. A melhor parte é q ele ia de caminhão.... nóooooooooooooooo era doido demais.... como eu amava andar de caminhão.
Não sei por anda o Jorge, nunca mais tive notícias dele, me lembro de poucas coisas, mas com muito carinho. Só sei q ele era de  Monte Alegre, trabalhava na retífica com meu pai, dirigia um caminhão, tinha um filho gordinho com quem ele dizia q eu ia me casar, uma barba sempre por fazer, a carinha boa, a risada fácil, e quando chegava de manhã lá em casa, pra nos levar à natação, sempre comentava do cheiro bom da nossa touca e eu dizia: não é da touca, é o creme q a minha mãe passa no nosso cabelo! E ele perguntava: onde compra uma touca cheirosa assim? 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Razão de ser





Kandinsky






Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Uma brucutu


Ouvi um barulhinho atrás do fogão. Corri pra sala e me muni de inseticida e de coragem para, cuidadosamente, esticar o pescoço e descobrir quem fazia o barulho. Era uma barata. Não dessas normais... uma barata selvagem.
Houve um tempo em q eu podia dizer: “não mato baratas selvagens” e me orgulhava disso. Partia do princípio de q se elas não moram no esgoto, não correm rápido e daquela forma desesperadas q as baratas correm e não voam, é pq são gente boa e não merecem ser mortas.... e foi assim durante um longo tempo. Até o dia em q uma se aventurou a entrar voando pela minha janela e correr pelo chão da minha sala destruindo, por completo, minha crença na possibilidade de convivência pacífica com elas.
As baratas selvagens são assustadoramente grandes, mas um pouco menos feias q as normais.... vistas de barriga pra baixo, é claro. O fato, é q nesse fatídico dia assassinei minha primeira barata selvagem. Não sei se era rebeldia de barata, só sei q essa foi a primeira e única selvagem q voou e correu e, portanto, a primeira e única q matei. Hoje, estou de volta aos bons tempos de poder afirmar q não mato baratas selvagens. Trata-se de um princípio, tal como, não possuir passarinhos engaiolados, não cortar rabo de cachorro, não jogar lixo no chão ou não misturar molho branco com molho vermelho. Enfim, é como um acordo: se ela não me incomoda, eu não a incomodo tbm!
Acontece, q eu achei q poderia lavar a louça tranquilamente, enquanto a pobre descansava as perninhas ali perto do fogão.... mas logo ela veio em minha direção, dei um pulo pro outro lado da cozinha, ela se virou, mirou no pé e veio de novo... eu mais uma vez dei um pulinho pro outro lado e lá veio ela. Aí perdi a paciência, né, pq não tenho sangue de barata e gritei: AÍ NÃO MINHA FILHA! TÁ PEDINDO PRA MORRER! Ela me olhou e quase pude enxergar seus olhinhos... se virou e saiu pela porta, civilizadamente. Pensei: selvagem? Só se for no nome! Pois como são finas as baratas selvagens.... sem gritarias, sem escândalos, sem chororô, nada, nada... simplesmente juntou sua trouxinha e foi-se embora.
Fiquei achando q tenho um dom... tal como o da tia Fia, a matriarca da família. Reza a lenda q ela fez de tudo pra acabar com as formigas q invadiram sua cozinha, usou todos os tipos de veneno e de mandingas para espantar as desagradáveis visitantes e nada deu certo... até o dia em q ela puxou uma cadeira, se sentou, e teve uma conversa de mulher pra formiga explicando bem direitinho pq elas não eram bem vindas ali naquele lugar. As formigas compreenderam e nunca mais apareceram.
Digo isso, pq já andei observando q basta um bom berro enfurecido para q os passarinhos q moram no meu cajueiro se calem e me deixem dormir sossegada de manhã.         
Eu acho lindo acordar com o barulho dos passarinhos, tão bucólico... acontece q tem um bem-te-vi aqui, q comanda a festinha, q não tem o menor senso de “sua liberdade termina onde começa a do outro”, ele acha q pra cantar bonito tem q cantar gritado... julga q pode competir com as maritacas no quesito gogó de ouro.  Ele atiça todos os outros passarinhos e apronta uma verdadeira rave passarística na minha janela todos os dias de manhã .... e muitas vezes só se calam depois de acabarem completamente com minha paciência, me fazerem levantar, abrir a janela e gritar: OOOOOOLHA O EXAGEEERO!!!! No entanto, soam como palavras mágicas.... eles se calam e eu volto a dormir.
Claro q não é pq eu tenho um dom... ou acho q tenho... ou tenho muita vontade de ter, rs...  q não tenho muito q aprimorá-lo. Afinal, no frigir dos ovos quem é a selvagem? Não chego nem perto da elegância da tia Fia, nem da finesse das baratas selvagens, tão pouco da compreensão das formigas e menos ainda do bom humor do bem-te-vi. Resolvo tudo na base do berro! Tô bem mais pra uma brucutu do q para uma lady.  
Mas eu ainda chego lá!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Doce mentira



“Prefiro a pior verdade à melhor mentira”

Li isso recentemente no perfil de alguém e me danei a pensar...
Então quis saber quem disse isso q todo mundo fica repetindo q nem disco furado (é... sou da época dos discos furados, mesmo!)
Descobri q uma porção de gente gosta dessa frase... e fiquei pensando será q eu tenho problema?
Pq eu, definitivamente, não gosto!

A vida da gente é pra ser boa (taí uma coisa q não me canso de dizer).... não pra ser correta... claro q uma coisa nem sempre exclui a outra, mas quando excluir eu escolho a boa!
Sabe de uma coisa.... ninguém vive numa realidade total e diga-se de passagem isso seria muito chato.

Por isso prefiro uma ilusão terna e acolhedora à uma realidade difícil e cruel, prefiro os delírios à rotina, a magia à sensatez, a poesia ao informativo, a inspiração à transpiração, os desenhos animados ao telejornal.

Tem alguma coisa errada comigo ou o resto do mundo, realmente, pensa q gosta da verdade?

Quem gosta quando aquela parenta olha pra vc e diz: “ menina, mas vc engordou, hein!”? Ela pode te dizer isso da forma mais delicada e carinhosa do mundo. Ela pode te dizer isso ao mesmo tempo em q te beija as bochechas, numa atitude do tipo “te amamos, mesmo gordinha”. Não importa o quão sincera seja, isso te remeterá, na hora, ao beijo de Judas e te condenará a fugir eternamente do garçom com a bandeja de salgadinhos. 
O problema não é a forma de dizer e sim o conteúdo do q foi dito.
Ou quando vc faz um penteado elegante e seu namorado diz: "isso aí  na sua cabeça é um ninho de passarinho?" Equivale a jogar um piano de cauda na sua cabeça. Te obriga a voltar pro quarto já com os scarpins nas mãos em completa atitude de derrota e pensamentos suicidas.

Que seja verdade, eu não quero ouvir! 
Quero comer salgadinhos sem culpa.... com a mesma espontaneidade e alegria dos meus sobrinhos. Quero achar q todos me olham pq meu penteado é, simplesmente, um sucesso!
Quero ouvir q sou a mulher mais linda do lugar mesmo tendo a plena consciência de q pelo menos umas 57 são mais bonitas do q eu.

Aquela velha história de “sou sincera, falo tudo na cara” é muito triste pq quase sempre extrapola o bom senso. É claro q não se deve abrir mão da sinceridade, mas deve- se impor um limite a ela - o limite do carinho.

Nem toda mentira é maldosa, e uma mentirinha do bem pode tornar a vida tão mais fácil, tão mais simples, tão mais feliz. 

Não me privem das doces mentiras!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

meu blog está às moscas...







arte do sueco Magnus Muhr

pois q sejam essas moscas! =)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Conversa de professores







- Olha só Robertinha, tô vendo um cabelo branco aqui, hein!
Um nada.
Um, dois, três, quatro, cinco....
Esse aqui chama 6º C, esse outro 6ºD, aquele ali 7ºC....
Por enquanto eles tão vindo com nomes de turma... mas jajá começam a vir com nomes de alunos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

uma história de gambás e vizinhos

                                                                   foto de Paulo Bernarde





Fico pensando... tem pessoas q chegam aos 90 anos sem nunca terem tido q passar por certas situações.... e eu, na flor do meus 28, enfrento cada uma...

Ontem a noite, por exemplo, apareceu um gambá morto na minha garagem. Tenho certeza q muita gente nunca nem viu um gambá de perto... mas pra mim as coisas são um pouco mais complicadas, eu não só vi, como o danado resolveu falecer bem na minha garagem.

E era bonitinho, tão gordinho e fofo... dei uma olhada e rezei pra q estivesse só dormindo... um pouco estranho se largar assim no meio da garagem dos outros  para uma soneca.... mas nunca se sabe oq se passa na cabeça dos gambás.
 Logo lembrei q dentes de gambá são afiadíssimos... achei melhor esperar amanhecer pra ter certeza de q estava bem mortinho mesmo.

Hoje fui lá dar um jeito no bichinho e o Ruffus (meu dog),  com cara de culpado, só esticando o olho pro meu lado... aí entendi tudo e já fui logo esbravejando: - Seu safado, foi vc! Assim não dá! Eu não vou ficar de empregada sua,  não! Eu penso assim, se vc fez a arte, vc q limpe! Toma a vassoura! E estiquei a vassoura pra ele. Só não contava q meu vizinho da frente  estava lá assistindo ao meu monólogo. E quando notou q eu havia percebido sua presença ficou sem gracinha, me deu um bom dia e empirulitou-se pra dentro de casa.

A questão é:  tem sempre um vizinho vendo tudo! Ou quase tudo e imaginando o resto...oq pode ser bem pior.

Desde  q me entendo por gente isso sempre acontece comigo... até hoje fico a imaginar oq o Sr. Takimura pensa a meu respeito. Lá pelos meus 16, teve uma festa do cabelo doido, eu ajeitei um penteado maluco e saí de casa, melindrosamente, olhando pra todos os lados pra ter certeza de q ninguém ia me ver com aquele cabelo esquisito no meio da rua. Precisava chegar sã e salva de olhares curiosos na casa da  minha amiga q ficava a um quarteirão de distância da minha. Quando escutava um barulhinho de carro ou de gente, eu me escondia atrás dos postes. 
E foi numa dessas, quando eu estava bem escondida espiando se o caminho estava livre, q olho de lado e lá está o Sr. Takimura sentadinho numa cadeira observando todos os meus passos, as corridinhas e as escondidas atrás dos postes da rua, desde a saída de casa. E ele, da varanda, todo sem jeito: - ô minha filha, tô aqui tomando uma fresca.
E eu, de detrás do poste, mais sem jeito ainda: - tá quente demais, né Sr. Takimura! 
E nunca mais tocamos no assunto.

Mas enfim, depois de ligar para meu marido e ouvir seus conselhos, relutantemente, acabei por fazer o q ele sugeriu. Agora, fico só reprisando a cena: uma dona de casa com um saco de lixo preto, muito suspeito, sai bem cedinho de casa, pé-ante-pé, e desova o saco no mato olhando,  cuidadosamente, para os lados e certificando-se de q não há ninguém na rua. Porém....  tem sempre algum vizinho vendo tudo!

sábado, 7 de agosto de 2010

Meu PAI...


meu TESOURO!
amo... amo... amo...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

eu já sabia que um dia ia sentir saudade sua...

Xote da Saudade - Geraldinho Lins


  =)


"Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue..."

segunda-feira, 26 de julho de 2010

ôoo praga!!!!

Minha mãe veio me perguntar a intenção de eu ter colocado uma tiririca (erva daninha) no blog. Ela julgava q havia um propósito, uma mensagem subliminar, algo dito nas entrelinhas... (as mães sempre acham q somos mais inteligentes do q realmente somos.)
E eu q, na minha humilde ignorância, nem sabia q esse matinho tinha esse nome?  
Até agora o único tiririca q conhecia é aquele q canta “ Florentina, Florentina, Florentina de Jesus....”


será q não é bambu??? bambu até que é legal... bambu é zen!

aff... não deve ser...

eu bem q tento ser cult...
mas a cafonice me persegue!


sábado, 24 de julho de 2010

outro...

Sem título
Roberta Sobreira
Óleo s/ tela e colagem
100 cm x 80 cm

amanheceu por aqui

"Passeio"
Marc Chagall



Isso mesmo, a noite virou dia.
Mudanças são bem vindas... o blog está de cara nova e quem gostou grita: VIVAAAAA!!!



O Tempo

 Salvador Dalí

 




 Móveis Coloniais de Acajú

A gente se deu tão bem 
que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu 
que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Parece que até jantei 
com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir 
que sua avó gosta de ouvir você dizer que vai fazer

O tempo engatinhar 
do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar 
que ao menos seja eterno assim

Espero o dia que vem 
pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei 
eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei 
se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
o meu futuro é esperar pelo presente de fazer

O tempo engatinhar 
do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar 
perto passa bem depressa assim
Pra mim, pra mim
Laiá, lalaiá

Se o tempo se abrir talvez 
entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir 
de fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
A gente se deu tão bem 
que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu 
que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim

Eu que nunca discuti o amor 
não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar? 
ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar 
A cor da minha angústia e no olhar 
saber que o tempo vai ter que esperar

E o tempo engatinhar 
do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar 
que ao menos seja eterno assim

=)