sábado, 17 de dezembro de 2011

Nem se despediu de mim

E então  uma ligação me acordou às 7 da matina, numa manhã em que eu poderia dormir até às 10hs!
Eu me enfureci, e xinguei, e praguejei horrores tal absurdo.
Me levantei bravona, assim como fico quando sou acordada e entrei no banheiro chutando a porta.
Eis que me deparo com um filhotinho de gambá que se afogava no meu vaso.
Nem me pergunte como ele foi parar lá. Na certa, já estava morando comigo há alguns dias e eu nem tinha notado.
Coloquei um cabo de vassoura lá dentro e disse: agarre firme!
Ele se agarrou, mas era escorregadio, e ele caiu. Mostrou os dentes e gritou.
Eu disse: EEEEEI, não briga comigo!
Então peguei um outro cabo, agora de madeira e deu tudo certo.
Aí, levei o Sr. Irritadinho pro quintal pra tomar um solzinho e se esquentar. Ele ficou meio tímido no começo, mas assim que deu uma esquentadinha começou a investigar todo o jardim.
Entrei rapidinho pra perguntar pro google como cuidar e alimentar um filhote de gambá.
Fiz comidinha e tudo. Quando cheguei, ele já tinha ido.
Só me fez apaixonar e depois sumiu...


Esse não é o Sr. Irritadinho, não tirei foto dele... ele era bem mais novinho.  O galã aí de cima é o Sr. minha-casa-é-um-ovo-de-páscoa... uma outra história que fica pra uma outra vez

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Das coisas que desconhecidos escrevem e eu acho que foi pra mim

acabei de ler isso em algum lugar e tive q roubar ....

"Nós humanos, antes de morrer, precisamos aprender a amar o próximo, perdoar e ser fiel, os cachorros já nascem sabendo, por isso eles não precisam viver tanto!"


saudade da minha Isi


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Das coisas que eu podia ter feito e não fiz


e Carpinejar esteve aqui em Natal
e eu não me lembrava que estaria...
e cheguei, por acaso, bem no finalzinho do bate-papo
e ele estava sentado no colo de uma moça
e falava umas asneiras...
daquelas que ele fala e a gente pensa:
"Senhor, quanta bobagem" mas acha graça
e eu que já nem gostava mais tanto dele...
quis ter um livro e entrar na fila de autógrafos
não tinha...
não entrei...
depois fiquei sonhando que o perseguia pelas ruas da cidade
voltei ao seu blog
e capturei essa crônica


Quer namorar?

A melhor agência de namoro é comprar uma passagem para bem longe.

Quanto mais longe, maior a chance de ser feliz. Não precisa usar o bilhete, é adquirir, pôr no bolso e andar com aquele olhar irresistível de janela redonda de avião.

Sempre repercute: todo mundo sente que vamos embora e ganhamos importância amorosa. Mais imbatível do que usar aliança, do que borrifar perfume de boto, do que afogar estátua de Santo Antônio.

Quer se apaixonar? Invente uma viagem. Mas tem que pagar para fazer efeito. O destino confere os depósitos bancários.

A despedida é um afrodisíaco veemente. Ficamos abertos e receptivos ao acaso.

Durante os veraneios da adolescência, em Rainha do Mar, eu me ligava na menina no último dia de férias, quando era condenado a voltar para a Capital. Amiga do Interior confessava que me amava um pouco antes de entrar no carro cheio de malas e tralhas. Dava um selinho, corria em direção aos pais e trocávamos cartas ansiosas pelo reencontro ao longo do ano.

É ter um compromisso certo e inadiável para arrumar uma paixão. Sem antítese, não há dialética, não se chega à síntese.

Adoramos uma encruzilhada, confusão, dúvidas. Adoramos a ambiguidade do aceno, que pode ser um oi e um tchau.

Ao tomar um caminho, surge outra opção até então invisível. É programar um intercâmbio no Exterior, que nos envolveremos na noite anterior ao embarque. É realizar sonho profissional de trabalhar na Europa, que antigo amor vem suplicar reconciliação.

O aeroporto e a rodoviária são altares, cupidos, balcões de suspiros.

Se você é solteiro, não entre em chats, não crie perfis falsos, não perca tempo.

As mulheres são alucinadas por homens com malas. Os homens são alucinados por mulheres atravessando o detector de metais.

Se não consegue namorado/namorada, gire o globo, pare um país com o dedo e arrebate passagens.

A distância influencia a longevidade da relação. Menos de 200 quilômetros não traz cócegas. O arrebatamento é proporcional à quilometragem. Viajar a Espumoso produzirá um rápido olhar 43, Santo Ângelo resultará em flerte, Rio de Janeiro ocasionará um caso, Natal renderá breve namoro, deslocamento ao Acre talvez pinte noivado.

Mas, para casar com véu e grinalda, aposte alto e compre passagem de ida (somente de ida!) a Bangladesh.

sábado, 10 de setembro de 2011

"meu desejo se confunde com a vontade de não ser..."



Flor da Pele

Zeca Baleiro



Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...(2x)
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de nem ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...(2x)
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
Oh, sim!
Eu estou tão cansado
Mas não prá dizer
Que não acredito
Mais em você
Eu não preciso
De muito dinheiro
Graças a Deus!
Mas vou tomar
Aquele velho navio
Aquele velho navio!
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicído!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Passar a noite com quem se ama

Essa noite tive um sonho tão bom
um sonho meio doidinho e às avessas...
mas acordei feliz por ter passado a noite rodeada das pessoas que eu amo.

Era lá na varanda da casa do Hugão e do Brunin.... um forrozinho familiar. Eu pegava a sanfona do meu pai e começava a tocar "A Morte do Vaqueiro". O Dani chegava depressa com o copinho de cerveja na mão e dizia:
 - Opa, deixa q eu canto! Essa eu sei!
E começava a cantoria.
No sonho, a sanfona tinha um peso fora do normal e eu mal conseguia segurá-la... acho q era o peso q tinha na minha infância, quando eu bancava a fortona e me oferecia para carregá-la até o carro.
Quando acabamos a Leninha me chamou lá cozinha, onde cuidava da galinhada, e disse:
- É Betinha, você tá tocando até bem, mas a Isabela tá cantando muito melhor q você...

E de repente estávamos no Center Shopping: meu pai, eu e a Mel. Meu pai pagou a conta do restaurante, eu devolvi a carteirinha da Mel  e ela foi-se embora. Quando dei por mim, já chegava em ponta negra, na minha motinha verde, e.... putz! Esqueci meu pai no shopping! Tadinhooooo.... voltei furando todos os sinais. Quando cheguei lá, ele tava sentadinho numa mureta, no estacionamento, rabiscando um papelzinho q cabia inteiro na palma da sua mão. Tava com uma carinha de abandonado, o coitadinho... e tinha outros pais esquecidos lá, também.

Coisa triste é ver pais esquecidos...

Acordei com uma dorzinha no coração... uma saudade de todo mundo... e cantei essa música o dia todo.



Agradecimentos:

ao meu pai, com promessa de nunca mais esquecê-lo no shopping, sozinho... ao Dani, por cantar tão  direitinho e com tão boa vontade essa música q eu gosto tanto... ao Hugo e ao Bruno por emprestarem a varanda pro forró e tocarem, respectivamente, zabumba e triângulo.... à Leninha pela delícia de galinhada... à Isa pela aparição surpresa...  à Mel por me acompanhar até o shopping de Uberlândia e me emprestar sua carteirinha sei lá pra q... à minha mãe, à Érika, ao Neri e à Gil pela figuração... e à Luiz Gonzaga pela bela trilha sonora.




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Bermuda Larga

Muitos lutam por uma causa 



eu prefiro uma



só quero o que não me encha o


luto pelas 



fora do 




terça-feira, 19 de julho de 2011

Chega uma hora que tudo cansa

E como, pra mudar de vida, lhe faltava coragem e um desapego que ela não tinha... ela mudava as fotos do orkut, apagava todos os seus emails e recados antigos... e  achava q assim teria uma boa noite de sono...

Não tinha...


Perdeu as contas de quantas vezes fez isso...




Até q um dia se cansou e não fez mais nada. 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Porque o perdão também cansa de perdoar..."




Regra Três
Vinícius e Toquinho


Tantas você fez que ela cansou 
Porque você, rapaz
Abusou da regra três
Onde menos vale mais
Da primeira vez ela chorou
Mas resolveu ficar
É que os momentos felizes
Tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
Porque o perdão também cansa de perdoar
Tem sempre o dia em que a casa cai
Pois vai curtir seu deserto, vai.
Mas deixe a lâmpada acesa
Se algum dia a tristeza quiser entrar
E uma bebida por perto
Porque você pode estar certo que vai chorar

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Te faço um cafuné...





" te faço um cafuné quando tu for dormir
te dou café quando se levantar
dou comida na boca
mato a tua sede 
armo a minha rede 
e vou te balançar"


"Serpentes d'água" (detalhe)
Klimt


domingo, 12 de junho de 2011

"Ela ligou pra suspirar..."

“Ohhh...Alright...”
Roy Lichtenstein


Não aguentei mesmo, gente...  tive que postar essa crônica de Carpinejar hoje, em comemoração ao dia dos namorados. A última frase me ganhou.



Todo mundo que começa a namorar não sabe ao certo que namora.

O início é confuso, entremeado de hesitações e receios e pudores e reservas e uma fileira de sinônimos sofisticados para medo.

Puro medo.

O casal demora a oficializar aquilo que já é público. Não quer melindrar sua companhia, muito menos oferecer motivos para receber um fora adiantado.

Eles se preservam do convívio para não caírem em tentação, recusam bares e festas para conservar o segredo. Estão loucos para contar aos amigos, mas temem que a fofoca estrague a notícia. Há a crença de que alegria espalhada se transforme em inveja.

Eu não sofro mais desse mal. Detectei a encruzilhada, o exato momento em que o namoro vira à esquerda e não tem mais volta.

É quando um dos dois telefona para não conversar. Para não dizer nada, coisa com coisa.

Suportar o laconismo amoroso é uma das torturas mais angustiantes da existência.

Acompanhe meu raciocínio.

No meio do serviço, ela liga. Por ansiedade, você atende ao primeiro toque. Espera que ela fale oi. Mas não. Ela espaça a voz como se fosse uma amante, uma sequestradora, alguém que não protegeu as teclas e acessou seu número por engano. Dá para escovar os dentes até surgir um tremido par de vogais.

Ela não lhe procurou em função de alguma novidade, para dar um recado, testar a temperatura ou planejar um encontro. Suspenda a objetividade, o mundo físico, a matemática, as operações de trigonometria.

Sua futura namorada ligou para suspirar. Compreenda que ela ligou para que você testemunhe o que ela está sentindo, como uma criança que coloca o fone em direção ao mar e jura que os pais alcançam o barulho das ondas.

Ahhhhh é o som fundador de um papo que não vai acontecer. O telefonema corresponde à sonoplastia da saudade. Prepare-se para variações de um mesmo tema.

— Como você está?
— Meio estranho…
— Eu também…
— Mas é um estranho bom.
— Um estranho feliz.

Um repete o outro, num misto de fragilidade e receio. É um diálogo que medita sobre vazio. Durante trechos inteiros, nenhum fala. Uma conversa exemplar e inédita em que os dois somente escutam. Uma troca de respiros, jogo de vento, intercâmbio de palpitações.

Assim como ela discou sem motivo, o pior vem agora, não há como desligar sem ofender. Depois de quinze minutos de ausência absoluta de som, chega a hora de seguir a vida.

— Você desliga, eu não consigo.
— Não, você desliga, eu não consigo.
— Não, você!
— Você!
— Você!

O amor é uma grande coragem cheia de pequenas covardias.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Mesmo sendo errado os amantes, seus amores serão bons..."

"Os amantes"
René Magritte



Choro Bandido

 

Edu Lobo / Chico Buarque

Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim

Mesmo que você feche os ouvidos
E as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego
Com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
Me leve até o fim
Me leve até o fim

Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes

Seus amores serão bons

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraída..."

e...

Ai do acaso
se não ficar 
do meu lado.
                     Paulo Leminsky






quinta-feira, 19 de maio de 2011

Eu sou uma chata, mesmo!


Eu não gosto de aviões do forró
Eu não frequento o vyola
Não sou chicleteira
Não vou ao show do Mr. catra
Não rebolo descendo até o chão
Não admito guitarra e bateria no forró  pé-de-serra
Não coloco queijo ralado em cima da minha macarronada
Não gosto de salões de beleza
Não curto Djavan
Não sou fã de Skol
Não torço pra nenhum time
Não fui assistir Avatar 3-D no cinema
Não faço festa na minha casa
Não conheço nenhuma música do grafite
Não visito os amigos
Não jogo baralho
Não pratico exercícios
Não participo de amigo secreto no trabalho
Raramente mudo meu pedido nos restaurantes
Não gosto de sinuca
Detesto ir ao supermercado
Sento sempre no mesmo canto do sofá
Minhas plantas morrem
Meus peixes morrem
Meus cachorros morrem
Levo bebida nas festas do tipo mulher-leva-comida-e-homem-leva-bebida
Às vezes, faço de conta q não vi alguém, só pra não ter q falar oi
Eu menti quando disse q gostava de legião urbana
 Sempre calço meias listradas, quando estou triste.


sábado, 7 de maio de 2011

As melhores coisas da vida

Nada melhor que um bom livro para se ler na praia enquanto se toma sol e água de coco.
Nada melhor do que passar o dia sendo enganada pelos amigos que estão preparando uma festa surpresa pra você.
Nada melhor que ser despertada às 5:30 da manhã e pensar “Q droga! Mais um dia de trabalho!”,  mas daí se lembrar que é quarta e que na quarta você não trabalha de manhã.
Nada melhor que pão de queijo quentinho com café no meio da tarde.
Nada melhor que ir ao dentista desconfiada que  terá más notícias e ele dizer que não tem nada pra fazer na sua boca, só passar flúor.
Nada melhor que comer aquele camarão ao molho de manga com maracujá e purê de jerimum no “Camarões”.
Nada melhor que ficar de molho por horas na banheira da minha mãe.
Nada melhor que 5 pessoas te ligarem numa noite de sexta-feira te convidando para 5 programas diferentes e você ficar numa saia justa danada por não querer dispensar ninguém e querer estar no 5 lugares ao mesmo tempo.
Nada melhor que passar uns 10 dias em Uberlândia e rever a família e os amigos queridos.
Nada melhor que  frequentar sempre os mesmos lugares e ver sempre as mesmas pessoas (vc pode até reclamar disso hoje, mas daqui um tempo vai perceber o quanto era bom).
Nada melhor que ter um carro que  te leva e te trás do trabalho, todos os dias, sem quebrar, no meio do caminho.
Nada melhor do que gostar de quem também gosta de você.
Nada melhor que uma tigela enorme de açaí com frutas num dia muito quente (principalmente, quando ele não se esquece do coco ralado)
Nada melhor que pular que nem doida (e achar q tá dançando frevo) ao som de Armandinho Macedo, de graça, na praça da árvore.
Nada melhor que encontrar um forró pé-de-serra roots, de verdade, aqui por esses lados, conseguir cortesias e dançar até fazer bolhas nos pés.
Nada melhor que um secretário de cultura  massa que sabe valorizar a música tradicional nordestina pra botar ordem no São João de Campina Grande.
Nada melhor que chorar de tanto rir, pela milésima vez, daquela história de quando seu irmão se aventurou nos prazeres do toboágua, lá pras bandas de Rifaina e emendar nessa história aquela vez q ele ficou surdo e q a gente contava piada e ele não ria, ou ainda, quando pediram para ele tocar "Chiclete com banana"  (Jackson do Pandeiro) e ele me saiu com um axé! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


E por falar nisso hoje é aniversário deleeeeeeeeeee!!!!
\o/ vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!
Feliz aniversário Dani!
Eu não to aí pra te beijar e apertar suas bochechas magrinhas e mesmo se estivesse eu ainda não perdi o juízo completamente para cometer tamanha loucura suicida .... 
uhmmm.... a não ser q vc estivesse de mãos e pernas amarradas... uhmmmm...  acho q dá  pra  convencer minha mãe e a Érika a me ajudarem....  uhmmmm ... e se vc ficar muito bravo, eu posso correr e me trancar no banheiro q nem eu fazia quando era pequena... vc vai ficar lá chutando a porta uma meia hora... mas a porta aguenta... e depois vc vai cansar... eu dou uns minutinhos pra garantir e posso sair sã e salva... uhmmmm.... em  junho eu to área....  
... mas sinta-se devidamente beijado e apertado.
Muito de tudo de bom pra você!
muito das melhores coisas da vida...
muito forró
muitos amigos
muita cerveja
muito churrasco
muito trabalho na agência
muito amor de família
muito amor de érika
muito dinheiro
muito sucesso
muitas viagens a natal...
 ;)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nota 10 pra ela!

Duas aluninhas de 7 anos conversando...

Ana Beatriz: -Quem pega o buquê casa primeiro, né, tia?!?!

e antes q eu pudesse responder....

Raquel: - É! E quem não pega casa quando quiser!



vivendo e aprendendo...
e tem gente q ainda briga pelo buquê!


=D

domingo, 1 de maio de 2011

Essa sou eu, amanhã (tomara!)

Hoje é aniversário da minha mãe.


Este post é pra dizer o quanto a amo... o quanto a admiro por sua inteligência, capacidade, força, empenho, coragem, sensibilidade e ternura ... o quanto ela é importante pra mim.
Agradecer por tudo o que me deu e tem me dado e por tudo o que fez e tem feito por mim...  por seus ensinamentos, conselhos, pelo seu colo, pelo carinho, pela  preocupação e pelas broncas.
Quero dizer que minha mãe é especial ... uma das pessoas  mais lindas que eu já conheci....e que muito do que sou, hoje, devo a ela.
Fico muito feliz ao perceber que a cada dia que passa nos parecemos mais.
Me espelho em você, mãe...  e quero ser exatamente assim quando eu crescer!


Te amo, demais!


quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Sempre não é todo dia"




Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e ah....
Gritei o que eu mais queria
Na fresta da minha janela
Raiou, vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
Querendo me servir de guia
Na fresta da minha janela
Raiou, vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
Querendo me servir de guia
Eu que já sabia tudo
Das rotas da astrologia
Dancei e a cabeça tonta
O meu reinado não previa
Olhei pro meu espelho e ah....
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Olhei pro meu espelho e ah....
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Botei o meu nariz a postos
Pro faro e pro que vicia
Senti teu cheiro na semente
Que a manhã me oferecia
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia
                                               Oswaldo Montenegro

domingo, 17 de abril de 2011

Post difícil de sair...

"Elvira descansando na mesa"
 Modigliani
 1919

Não sei o que escrever...

Há dias sento aqui na frente do pc,  abro o blog e não sai nada...

Não que eu não pense em nada... não que não tenha acontecido nada... mil coisas acontecem e mil coisas passam pela minha cabeça.... mas não tenho ânimo... parece que tudo é tão cansativo... tão igual... repetitivo...  nada me interessa.

Meu lado racional me diz “procure fazer coisas de que gosta... volte a pintar... costure... não se preocupe tanto com o trabalho... não falte a yoga... durma cedo... e principalmente, não leve tudo tão à sério.”

Então nos últimos dias não gritei com nenhum aluno... não dei vistos em cadernos... não os obriguei a permanecer dentro da sala....  não cansei minha garganta... me ocupei só em encher o quadro... não gosto disso... e muito menos eles... mas precisava desse descanso.

 E na sexta fui num reggae... bebi um pouco.... conversei com pessoas diferentes... não consegui  esperar  o show começar... ando cansada...  voltei pra casa e dormi até tarde.

Fiz uma panela de brigadeiro...  dei 2 colheradas e desinteressei,  agora ela tá abandonada na geladeira...

Estourei pipoca e li mais um pedaço do meu livro...

 Costurei até tarde... reformei dois vestidos e só quando terminei  percebi que havia pregado as peças do lado avesso...

Botei no forno uma lasanha congelada, disposta a comê-la inteirinha e ganhar uns quilinhos extras (danem-se os quilos), mas consegui comer só um pedaço...

Me programei pra ver um filme na TV que começaria à meia noite... fiz minha cama na sala pra não ter o trabalho de levantar e ir pro quarto quando o filme acabasse.... dormi antes q começasse...

 Acordei  hoje de manhã com um telefonema do Marcelo e não consegui dormir de novo....

Fiz um café ...

 No msn troquei desabafos com a Pri e seguindo seus conselhos me obriguei a tirar o pijama e descer pra praia... choveu antes que eu pudesse ir...

Pensei em ir no shopping e comprar um sapato novo... outro sapato??? desisti...

Pensei em dar uma volta com a Isi...com essa chuva? desisti  tbm ...

Pensei em ligar a TV e voltar pra panela de brigadeiro... desisti...

Voltei pra net... li tudo o que apareceu na minha frente... e então li um texto de uma moça sem motivação pra escrever... e comecei  a escrever...

 O Marcelo ligou agora... e eu disse que ele estava interrompendo meu processo criativo (tadinho)... vou ligar de volta e me desculpar...

Acho que sei do que  preciso... além de trabalhar menos e ganhar mais, claro

de uma psicóloga... de uma banheira... de  uma amiga...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Que nem cachorro feliz...

Meu professor de yoga me perguntou no fim da aula: “Karen, quando vc medita pra onde vc vai? passado ou futuro?”

Mas não era pra ficar no presente???? Não é possível! Tudo bem que não sou uma expert em meditação, todo mundo sabe disso e quem não sabe pode imaginar mas será que nem cara de quem tá  no presente eu consigo fazer????

O professor já de longe me vê sentadinha com as pernas cruzadas e os olhinhos fechados e saca na minha cara malandra de quem tá lembrando ou planejando alguma coisa. É um tal de sorrizinho de lado q me entrega. Certeza!

Todo mundo concentrado, respirando, repetindo mantras pra ajudar a se manter no presente e a minha mente a mil por hora procurando coisas pra se distrair... correndo atrás do próprio rabo, que nem cachorro feliz.... é isso... ela corre atrás do próprio rabo, entende oq eu digo? Procura desesperadamente o q fazer, o negócio dela é não deixar a Roberta (mais conhecida como Karen, nas aulas de yoga) se concentrar... quando não tem nada de bom pra ela se ocupar ela escarafuncha o fundo do baú de lembranças e me sai com o dia em q a minha professora do pré chegou na sala de aula mascando chiclete e a turma toda reparou,  então ela disse: “olha gente, não é certo mascar chiclete , eu só estou mascando hoje pq não tive tempo de escovar o dentes, depois do almoço!”

Meodeusssss!!! Tá de brincadeira, né!!!!! Me explica, por favor, pq diabos a pessoa tem que lembrar de uma coisa dessas no meio da meditação quando devia estar concentrada no presente?????

Enfim... Passado, né! Sem dúvida nenhuma.... dá só uma espichada de olho nesse blog e constate vc mesmo... um saudosismo sem fim!

Então o professor disse: “Mentes orientadas para o futuro tem maior disposição a ansiedade e ao pânico enquanto q mentes orientadas para o passado estão mais predispostas a nostalgia e a depressão.”


É mesmo? Tá explicado!
Por isso o coração sempre apertado...





domingo, 20 de março de 2011

O que se foi


O que se foi.
Se algo ainda perdura
é só a marca na paisagem escura.

Se o que foi regressa,
traz um erro fatal:
falta-lhe simplesmente
ser real.

Portanto, o que se foi,
se volta, é feito morte.

Então por que me faz 
o coração bater tão forte? 


Ferreira Gullar 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Para o melhor pai do mundo


Hoje quero escrever sobre meu pai.
Amanhã é aniversário dele.
Uma das boas lembranças do meu tempo de criança éramos nós 4 deitados nos estilo mandruvás, como costumávamos nos deitar, uns com a cabeça na barriga dos outros e uma mistura de pernas que ficava, completamente, indistinguível saber qual era de quem. Isso acontecia quando íamos à praia, provavelmente na Bahia, que era pra onde íamos todos os anos, e vamos até hoje. Íamos de carro com caminhas estrategicamente montadas no assoalho do banco de trás, que permitiam a mim e ao Dani viajar dormindo confortavelmente.
Naquela época não se precisava usar cintos de segurança, cadeiras especiais para crianças pequenas, nada disso... acho que ainda não haviam inventando o acidente de automóvel. A vida era muito tranquila e boa e viajávamos de Uberlândia a Porto Seguro ao som de Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e mais umas 2 ou 3 fitas cassetes guerreiras que nos acompanharam por anos a fio e que, com certeza, escolaram a mim e ao meu irmão na paixão pelo forró pé-de-serra. Minha mãe também levava algumas fitas do gosto dela, muito boas, por sinal, Gilberto Gil, Chico Buarque, Gal Costa.... mas a proporção com que eram ouvidas, nos dois dias de viagem, era de 1 vez a cada 10 repetições da Elba.
Enfim, deitávamos como mandruvás e pedíamos pra que meu pai nos contasse as histórias do seu tempo de menino, quando ainda morava em Petrolândia- PE  e minha mãe dizia: De novo????
 Ele contava as mesmas histórias que iam de molecagens que tinham a ver com um pedaço de pau que ele e os colegas passavam no cocô, a inundação da cidade, pelo rio São Francisco, até histórias de lampião protagonizadas por um tio dele, soldado, não sei bem, mas que ele chamava de “caçador de lampião”. Nós já conhecíamos essas histórias de cabo-a-rabo e já sabíamos cada detalhe antes mesmo dele falar, ainda assim adorávamos, e minha mãe ria e olhava pra ele com cara de “ah-meu-bem-para-de-inventar”. A gente nem ligava. Meu pai não mentia. Ficávamos horas com os olhos arregalados e os ouvidos atentos a cada palavra.
Hoje, depois de adulta percebo porque ele conseguia com que a gente prestasse tanta atenção às suas histórias. É um jeito dele de contar as coisas, assim, nos mínimos detalhes. O que ele pode resolver em uma frase do tipo: Preciso ir à casa de Licinha consertar a máquina de costura dela. Ele prefere dizer assim: Esses dias fui na casa da sua avó porque precisava levar uns remédios pra ela e o Totó (o cachorro que miava, de acordo com minha tia Gracinha, vê-se que a imaginação fértil é de família) tava lá e quando Licinha chegou,  Gracinha teve que prender o Totó porque ele tá maior que ela! Licinha disse que ele se parece demais com o cachorro dela só que o dela é menor e mais bravo e que outro dia rosnou para tia Djanira  que tinha ido lá fazer uma visita. Ela tomou um susto e bateu a mão, sem querer, na máquina de costura de Licinha e quebrou uma peça lá... Aí vou aproveitar que tenho que ir na oficina pagar o  Lourival... acredita que ele me cobrou uma fortuna por aquele conserto????? E já passo em Licinha pra consertar a máquina dela...
Isso é outra característica marcante do meu pai. Ele conserta tudo. Qualquer coisa que estiver quebrada, com mau contato nos fios, chiando, emperrada, cambeta, desafinada, desajustada, meu pai conserta. Aqui em casa, aguardamos ansiosamente o dia em que ele virá para consertar os trancos das portas, as lâmpadas que não querem acender, as torneiras que não param de pingar, a geladeira que tá derramando água... enfim... meu pai dá um jeito em tudo num piscar de olhos.
Outra boa lembrança eram as festas que não acabavam mais. De acordo com minha mãe herdei do meu pai o talento para boemia. Lembro-me dele sempre colocando a sanfona no porta-malas do carro. E minha mãe respirava fundo porque já sabia que a noite ia ser longa e que muito provavelmente nós seríamos os últimos a irmos embora da festa. E aí, chegava a minha hora preferida, a hora em que meu padrinho falava: Cunhadão, agora canta as músicas da sua terra! Ninguém sabia cantar, mas todo mundo adorava ouvir e ele me chamava e eu sentava do lado dele pra ajudar cantar as músicas de sempre: “O último pau de arara”, “Moxotó”, “Abc do sertão”, “Propriá” .... Ainda faço isso e adoro.
Eu sei que esse texto já tá enorme e tá com cara de que não vai acabar nunca... mas é aniversário do meu pai e eu não posso escrever sobre ele sem falar do quanto ele amado por todo mundo que o conhece.... meu pai é daquelas pessoas que não tem como vc não gostar. Nos seus aniversários ele não convida ninguém, não precisa. Minha mãe já manda logo fazer uma panelada gigante de galinhada, feijoada, ou alguma coisa assim, porque sabe que menos de 60 pessoas não aparecem por lá... é gente que não acaba mais... um entra e sai o dia inteiro e, um pico de concentração com recorde de mais pessoas por metro quadrado, na hora do jantar. 30 camisas é a média que ele ganha por aniversário. E não é só gente que gosta do meu pai não hein, tem bicho também.  Ele cuida do Junin (um salsicha carinhosamente apelidado, por mim, de Chatin) com o maior amor do mundo, assim como cuidou do Kim e como cuida das tartarugas que esticam o pescoço pra ele coçar e arranham suas pernas pra que ele as pegue no colo que nem cachorro faz ( eu não acreditava até ver com meus próprios olhos). Passei a minha vida toda vendo meu pai dedicar horas e muita paciência para cuidar de passarinhos adoentados em caixas de sapatos, preparar água doce para beija-flores, salvar mosquitos de afogamento em copos, retirar carinhosamente besouros de dentro de casa, conversar com maritacas e fazer amizade com qualquer bicho que se aproximasse.
Amanhã é o dia dele... que seja um dia especial porque meu pai é uma pessoa especial. Com certeza, uns dos filhos prediletos do Papai-do-céu e que merece toda felicidade e todo amor do mundo.