sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Eu adoro cachorro!


Eu adoro cachorro!
Me lembro quando tinha uns 6 anos a Tuca, cachorrinha do Bruno, ganhou filhotinhos.... e eu já fui correndo na casa dele pedir pra q ele guardasse um pra mim. Quando cheguei lá, ele me levou lá pro quarto pra anotar meu pedido (como se fossem tantos cachorros e tantos possíveis donos assim pra q ele não conseguisse guardar de cor), mas enfim... ele começou a procurar o caderninho ou sei lá oq onde estava anotando ou, pelo menos, onde gostaria de estar anotando.... como não encontrou ele pegou uma daquelas telas mágicas... sabe aquelas cor de rosa q vc desenha com uma caneta de mentira e apaga uma espécie de rodinho q fica por dentro?
Imagina se eu acreditei no sistema de organização do menino???
Haviam cachorrinhos pretos, marrons e brancos pintadinhos de marrom. E eu pedi uma menininha branca pintadinha e ele anotou na tela mágica. Pronto ... agora era só esperar uns dias.
Quando cheguei na escola, no dia seguinte, a Maíra me veio com um papo de q só tinha mais uma branca e q era dela, aí já sabe, né.... a gente brigou, mas por fim eu disse q então td bem ... ela podia ficar com a branca e eu pegaria uma pretinha linda
Final da contas? Nós duas ficamos com machos marrons.
Tbm, com anotações feitas numa tela mágica não podia se esperar outra coisa, né!
Enfim, era marrom... era macho, mas era coisa mais lindinha q eu já tinha visto em toda a minha vida.. levei pra casa aquela bolinha de pêlo de focinho cor-de-rosa e orelhas enormes q minha mãe batizou de Kim.
O Kim foi meu parceiro durante longos 17 anos... fazia aquele tipo malandro.... vivia na rua, era conhecido de todo mundo, passava horas passeando pela vizinhança e voltava mais fedido q um gambá, batia no portão quando queria entrar, arranhava nossa pernas quando queria comer, me protegia quando alguém queria me bater, tinha fama de mau.... mas nem era tanto assim.
Daí ficou velho e idade de cachorro se multiplica por 7....
Um dia eu estava no quarto e escutei uma gritaria na sala.... o Marcelo, na época meu namorado, estava comigo e eu disse: - Vai lá na sala ver q q tá acontecendo, parece q o Dani e o Kim estão tendo uma briga de irmãos.
Ele foi e não voltou... a impressão q eu tinha era q ele havia entrado na briga tbm... estavam os 3 gritando. Então levantei furiosa e quando olhei pra dentro da sala e pude ver o q estava acontecendo... acho q tbm perdi o controle... não sei.... quando vi estava de volta no quarto em cima da cama gritando enquanto o Dani esbravejava: - CALMA - como se pudesse acalmar alguém com aquela voz de trovão.
Acontece q o Kim tinha tido o primeiro ataque epilético da vidinha dele e eu tinha visto o primeiro da minha vida..... e foi uma coisa terrível.... meus pais não estavam em casa e a gente não sabia oq fazer... tentamos ligar pro veterinário e sei lá mais pra quem.... foram minutos q pareceram horas .... até q de repente passou.... mas ele não parecia ser o mesmo cachorro... ele andava tonto pela casa, não parava quieto, batia a cabeça nas paredes e caía... eu fiquei com muito medo... e ele ficou assim por algum tempo. Depois foi se acalmando e voltou a ser o Kim de antes.
Daí levamos ao veterinário e foi isso... ele estava doente... passou a ter q tomar remédio controlado, de vez em quando tinha essas crises mas continuava esperto, curioso, custoso e muito “rueiro”. O veterinário disse q ele não morreria disso, mas morreria com isso. Então compramos uma coleirinha com identificação pro caso dele se sentir mal quando estivesse na rua ou não se lembrar do caminho de casa. Ainda viveu muito tempo e até sobreviveu ao ataque de um pitbull q quase despedaçou o "bichin", mas um dia ele saiu pra passear e nunca mais voltou.
Estávamos chegando de viagem e esperávamos encontrá-lo no portão balançando o rabinho e mostrando os dentinhos... mas ele não estava lá... e aí veio a notícia de que ele já estava sumido a 2 dias. Às vezes ele aprontava de passar a noite toda fora... e voltava só de manhãzinha.... mas 2 dias já era tempo demais... nem desfizemos a malas e saímos pra procurar.
Passamos meses procurando por ele ... perguntando pras pessoas na rua, parando o carro na rodovia quando avistávamos um cachorrinho morto, oferecendo recompensas... e recebendo vários telefonemas... mas nunca era ele. Às vezes tínhamos até visões.... enxergávamos ele lá longe... mas quando chegávamos perto não tinha nada.
Ele sumiu pra sempre e deixou um buraco nos nossos corações.
É... não é nada fácil perder uma amigo querido de tantos anos... um irmão...
Mas como cachorro é bom demais... não aprendemos a lição e hj temos o Junin, o Ruffus e o Duane q amamos de paixão, q nos dão tantas alegrias e q, provavelmente(espero q num futuro bem longe), vão nos dar outras tantas tristezas.... Mas a história desses 3 fica pra uma outra vez!

Um comentário:

Maria de Fátima disse...

Ô lindinha, ri e chorei de emoção com a história do nosso Kim... é difícil ser apaixonada por cachorros... não queremos que eles nos deixem nunca! bjs