domingo, 18 de outubro de 2009

Frida Kahlo (1907-1954)


Ontem eu assisti de novo ao filme de Frida Kahlo e foi como se o tivesse visto pela primeira vez...
Que história fascinante!
Aí fiquei pensando ...
Tanto sofrimento, tanta dor e ao mesmo tempo tanta coragem, perseverança, confiança e amor...
Me apaixonei de novo por ela: forte, intensa, transgressora, audaciosa, valente, ferida, feroz e vibrante.
Por isso, hoje, resolvi falar um pouco de Frida...
Exemplo de superação!
Não sou uma conhecedora, então peguei um apanhado de informações na net e fiz um texto...
Para se entender as pinturas de Frida Kahlo é necessário conhecer a sua vida...
A vida de Frida esteve marcada pela dor, pelas tragédias e pelo sofrimento. Sua pintura se converteu num refúgio, numa biografia da sua vida. Conhecida pelos auto-retratos, ela se justifica dizendo: "Eu pinto-me porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor".
Para Frida a pintura foi uma maneira de inventar-se a si mesma, e também foi um modo de exorcizar a dor e de fazer tolerável o desespero das numerosas convalescenças que teve que defrontar ao longo da sua vida. Suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente seu amor pelo marido Diego Rivera.
Frida nasceu em 1907, no México. Aos 6 anos contraiu poliomelite, que a deixou coxa. Para encobrir a deficiência ela começou a calças e, posteriormente, saias longas como as das indígenas mexicanas. Quando ficou famosa, muitas mulheres passaram a imitá-la, acreditando que ela estava lançando moda.
Aos 16 anos, ela sofreu um gravíssimo acidente quando o ônibus em que passeava chocou-se contra um bonde. Sofreu múltiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa disso, fez inúmeras cirurgias e ficou muito tempo presa em uma cama.
Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua cama. Os seus quadros representam, fundamentalmente, a sua experiência pessoal, em particular os aspectos dolorosos da sua vida que foi em grande parte passada na cama.
Em 1929 ela se casa com o muralista Diego Rivera. Frida, então, com 22 anos e Rivera com 43, dando início a um relacionamento dos mais extravagantes da história da arte. Sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida também. No entanto, Diego ajudou Frida a revelar-se como artista e foi seu grande amor e seu grande companheiro.
Em 1938, Frida Kahlo conhece André Breton, escritor, poeta e famoso teórico do surrealismo, que se encanta por sua obra e lhe apresenta Julian Levy, colecionador e dono de uma galeria em Nova York, responsável por organizar a primeira exposição individual de Frida, realizada em 1939.
A exposição foi sucesso absoluto e ela logo estava realizando exposições em Paris onde conheceu grandes artistas como Pablo Picasso, Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Eluard e Max Ernst. Frida foi a primeira pintora mexicana a ter um de seus quadros expostos no Museu do Louvre, mas foi apenas em 1953, um ano antes de sua morte, que ela consegue realizar uma exposição de suas obras na Cidade do México.
Os seus quadros refletiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante "fortes" e parecessem fantasiosos, não eram surrealistas: "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade".
Os anos 50 foram duros para a artista. Ela foi operada 7 vezes na coluna vertebral e ficou 9 meses no hospital, passando a andar de cadeira de rodas e a ter de tomar, continuamente, uma grande quantidade de remédios contra dor.
Em 1953, bastante doente, comparece de maca à sua primeira exposição individual na Cidade do México. Nesse mesmo ano, tem de amputar a perna direita até a altura do joelho.
Esgotada, Frida deixa de pintar por vários meses, e depois de algumas tentativas de suicídio, contrai uma pneumonia e morre em 1954 de embolia pulmonar.
No entanto no seu diário a última frase causa dúvidas: "Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar - Frida".
Talvez Frida não suportasse mais.


Ainda encontrei esse vídeo caseiro precioso...

3 comentários:

Maria de Fátima disse...

Impressionante e triste a vida de Frida. Eu já conhecia um pouco do filme e de algum artigo, mas você trouxe outros detalhes. Sofreu demais...

Erica G. Araújo disse...

Roberta vou te falar uma coisa, eu nunca gostei das pinturas dela. Calma.... mas por ignorância minha nunca li nada sobre ela, por não ter interesse. MAs depois de ler esse seu texto, hoje tentarei alugar o filme dela. Muitas pinturas dela me veio a mente, e quando estava lendo seu texto, vejo que todas as pinturas dela fazem sentido a tal sofrimento. Muito forte a vida, muito forte as cores e o trabalho dela. Foda demais... Já te falei e a cada dia leio mais e mais seu blog, muito bem, Roberta também é cultura hehehehe Beijinhos. Erica

Roberta Sobreira disse...

q bom Érica... tbm não gostava muito das pinturas até conhecer a história... alugue o filme sim... é muito bom... vale a pena!!!!!
bjos