domingo, 18 de abril de 2010

Gnomos são meus amigos



Quando conheci meu marido, há 10 anos trás, ele usava pochete. Não exatamente no dia q nos conhecemos, mesmo pq isso, fatalmente, seria o fim de algo q nem havia começado.
Me desculpem os usuários do acessório mas pra mim não existe coisa mais feia e cafona na face da terra, e digo mais, do universo, do que uma pochete pendurada na cintura.
Os adeptos da pochete se justificam pela praticidade do acessório, dizem: “é uma beleza, dá pra carregar tudo q preciso!” é... deve dar mesmo, só não carrega o bom gosto, o bom senso, o refinamento e a elegância.
A pochete se tornou popular nos anos 70. Fico pensando q só pode ter sido criada por um pesquisador do sexo masculino. Digo pesquisador pq, de maneira alguma, seria obra de um estilista; e do sexo masculino pq uma mulher jamais seria acometida de tamanho papelão. Penso q ela deve ter sido inspirada naqueles saquinhos de moedas preso ao cinto, usados pelos mercadores na idade média, nas cartucheiras dos caubóis do faroeste ou, o q é mais provável, no cinto de utilidades usado pelo nosso amigo Batman (os homens e seu imaginário povoado de super-heróis)
Graças a Deus, mas principalmente as mulheres, homens são facilmente manipuláveis e domesticáveis no quesito como se vestir... e existem mães, namoradas, amigas e palpiteiras de plantão, espalhadas por toda a parte. De um bom tempo pra cá é cada vez mais raro ver alguém desfilando esse acessório por aí. O uso desse elemento na composição do figurino é uma declarada e indecente falta de gosto.
Meu marido q o diga... a belezura q ele ostentava na cintura era preta, de couro toda puída, a pior de todas as pragas. Normalmente ela vinha acompanhando calças jeans velhíssimas e surradas, daquele modelo q afina na canela, (q eu costumo chamar de “queromorrer”, expressão usada sempre q o vejo usando uma) provavelmente presenteadas pela sua mãe por volta da década de 80.
Essa é outra atitude tipicamente masculina.
Homens não renovam suas roupas... se vc fuçar no armário de um homem de 30 anos encontrará camisetas da época da faculdade, uniformes do colegial, cuecas velhas e esgarçadas com o nome dele escrito a caneta e quiçá cueiros.
Outro dia, li q o homens confiam piamente na desintegração dos tecidos, no triângulo das bermudas ou naquele tipo de gnomo q some com os objetos, por isso preferem esperar q a peça desapareça da gaveta como q por encanto. E ai de vc se pensar em dizer alguma coisa a respeito de livrar-se dessa peças. Blasfêmia! Ele ficará ofendidíssimo e muito magoado com sua falta de sensibilidade para com suas memórias em tecido.
Bom, mas graças a minha sutileza e ao meu jeitinho especial para lidar com coisas q me desagradam, ele abandou o mau hábito: - Neguin, essa pochete até q é legalzinha, mas tive uma outra idéia, vamo ali comprar uma mochila nova, agora? Oq acha? (o segredo é não deixá-lo responder.... fale sem parar, faça outras perguntas, despeje um monte de informações e saia puxando-o pela mão...)
Foi assim com a pochete... com as calças... com a cuecas e muitas outras coisinhas, só não consegui ainda me livrar das velhas e horrorosas camisetas da época da faculdade. Ele com certeza se sentirá ultrajado por eu tê-las chamado de horrorosas. Mas eu direi: Não neguin... elas não são horrorosas, foi só força de expressão, tá! Vc sabe como sou exagerada, né...
Antes q ele perceba os gnomos as levarão!

4 comentários:

Priscilla disse...

ahuahuahauhauhauahu!!!!!!
Adorei!!!! Engraçadíssimo Beta!
Seus textos estão cada vez melhores!
bjuuuuu

Maria de Fátima disse...

kkkkkkkkkkkk... demais, Beta! Principalmente os cueiros! Só você pra me fazer rir hoje. Bjs, minha florzinha

Diane disse...

KKKKKKKKKKKKK... muito engraçado...
calça justa na canela, ninguém merece.

Roberta Sobreira disse...

valeu meninas!!!!bjos