É isso mesmo!
Sabe aquele moço, o Alexandre Rossi, que
apresenta um programa de adestramento de cães em algum canal desses? Então, eu
adoro assistir ele treinando os bichinhos. É genial como ele consegue uma
mudança de comportamento só oferecendo agradinhos, o tal do reforço positivo. E
no final, se tudo der certo, o cachorro recém-reabilitado ainda faz amizade com
a fofa da Estopinha, a cachorrinha dele.
Outro dia mesmo ele treinou um dachshund,
e Deus é testemunha como tenho medo desses danados, e o bicho que atacava todo
mundo e por isso não passeava, não tomava banho e nem cortava a unhas há 8 anos, no fim das contas virou um verdadeiro gentleman. Fiquei achando que ainda
existe uma esperança pro Junin, o dachs da minha mãe.
Enfim...
Aí, que não é segredo pra ninguém que eu
odeio futebol, que fico irada quando a novela acaba mais cedo na quarta pra
passar um jogo de futebol e 1 trilhão de vezes mais irada ainda, se for um
amistoso.
Amistoso gente! Aí não, né! É sério que isso
tem mesmo necessidade de existir?
E não é novidade pra ninguém que os homens
quando assistem a um jogo de futebol ficam como hipnotizados, quase como quando
estão jogando vídeo-game. São programados mentalmente apenas para responder
“aham” a qualquer pergunta ou comentário.
-
Amor a casa tá pegando fogo.
-
Aham.
-
Amor, tem uma nave extra-terrestre no nosso quintal.
-
Aham.
-
Amor, você quer casar ou comprar uma bicicleta?
-
Aham.
Logo no começo do namoro já alertei ao Rafa: “ ó, hoje é quarta e nesse dia eu tenho
raiva de você, porque você é homem e por sua causa passa essa porcaria na tv”.
Então chegou um dia que ele queria muito,
muito assistir a um desses jogos e gentilmente sugeriu me fazer uma massagem
nas costas enquanto passava pelo seu momento “hipnose-masculina”. Até duvidei
que ele fosse capaz de realizar alguma outra atividade que não acompanhar cada
movimento, dribles, faltas, escanteios, impedimentos, cartões, apitos, bandeiradas,
enfim toda a lista de coisas futebolísticas inventadas pelo capeta (só pode ter
sido ele).
No entanto, funcionou muito bem. Fiquei pensado
que ele deve ter uma falha genética ou algo desse tipo que o permita assistir
ao jogo e fazer outra coisa ao mesmo tempo. Sorte a minha!
Essa foi a primeira de muitas vezes.
E então, numa dessas últimas quartas quando
acabou a novela e ia começando o jogo. O Rafa muito sabidamente, se levantou,
foi até meu quarto e pegou o hidratante. Quando meu semblante já ia mudando de
feliz porque Paulinha foi resgatada, para louca psicótica que surta quando vê um
gramado verde e a raiva já ia tomando conta do meu ser, ele, numa jogada de
mestre, abanou o pote de hidratante, assim como quem abana um ossinho a um cão
e fez uma carinha marota de quem diz: “olha
quem vai ganhar massagem”.
Mais que depressa pulei no colchão, abanando
o rabinho, feliz da vida por ser quarta feira, dia de jogo, ops, massagem.
2 comentários:
Roberta, que bom que voltou a escrever. Esse seu dom com as palavras não pode ficar guardado. Parabéns...
Bjos, Di
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