sábado, 5 de dezembro de 2009

MARINÊS

Desabafo
Eu quero minha vida
Como ela é
Como o povo sabe
Com o chão no pé
Como a água doce
Pra matar a sede
Me deitar na rede
Tomar um café
Ser um ser humano
Sem tabu, sem preconceito
Ser errado, ser direito
Acreditar e não ter fé
Cada um sabe o sapato onde aperta
A minha porta é aberta
Qualquer um pode entrar
Não ligo, faço, aconteço
No outro dia eu esqueço
Pra de novo começar
A minha vida sem chorar
E quem quiser pode falar
Falar, falar, falar, falar, falar, falar
Que eu não vou mudar



Acho q foi essa foi a primeira música de Marinês q ouvi...
Me apaixonei na hora!
Depois dessa vieram muitas outras que rapidinho foram entrando no repertório de Maria Bonita e Trio Jagunço - meu saudoso trio.
Difícil escolher uma q seja minha preferida...
O fato é que quando ouço Marinês me lembro de uma época tão boa... da galera forrozeira de Uberlândia... dos shows com o Trio Jagunço... q chego até a fechar os olhinhos.
Lembrete: nunca mais ouvir Marinês enquanto dirige!
Gosto muito dessa, de "Divergências", "Só o amor ilumina", "Tudo é bom e nada presta", "O que será de nós", "Fazendo o ferro derreter", "Algemas".... Enfim, várias... muitas... todas... eu acho!

Marinês a “Rainha do Xaxado”. O xaxado ela tinha no sangue. Filha do ex-cangaceiro Manoel Caetano de Oliveira. Inês Caetano de Oliveira saiu de Pernambuco muito nova para morar em Campina Grande.
Como seus pais não queriam vê-la no rádio, Inês, ao se inscrever num programa de calouros em Campina Grande, disse que seu nome era Maria Inês, porém o locutor ao chamá-la para apresentação, abreviou-lhe para Marinês.
Com 14 anos, se casou com o sanfoneiro Abdias e foi trabalhar numa rádio em Alagoas. Lá, junto com Abdias e Cacau, formaram um trio que era chamado de “Patrulha de Choque do Rei do Baião”. Nas cidades em que Luiz Gonzaga iria se apresentar, o trio chegava antes e dizem que roubava parte da cena. Até que um dia o então prefeito de Propriá-SE, resolveu apresentá-los a Luiz Gonzaga.
“Quando chegamos lá, Luiz Gonzaga já estava sabendo que tinha essa cangaceirinha- como ele me chamava- cantando as músicas dele. Quando o prefeito disse: - Marinês está aí. Ele bateu em nossa porta e disse: - Vocês são meus convidados para comer comigo na mesa.
Eu tremia, nem comi direito, nervosa, com o impacto da presença dele, uma coisa que eu sonhava. Almoçamos e ele disse: - eu vou lhe ensinar a dançar xaxado porque eu estou precisando de uma rainha do xaxado. Tenho a princesinha do baião, que é a Claudete (Soares). Aí ele foi dançar comigo”, recorda.
Após a apresentação, Gonzaga prometeu dar uma força à Patrulha de Choque e devidamente, apadrinhados, saiu a apresentá-los nos programas de rádio, onde a coroou como a “Rainha do Xaxado”.
Posteriormente Luiz Gonzaga destituiu a Tropa e os incorporou à sua nova produção: “Luiz Gonzaga e Seus Cabras da Peste”. Abdias ia pro agogô - só tocava sanfona quando Luiz dançava - Zito Borbortema no pandeiro, Marinês no triângulo e agora, Miudinho na zabumba.
Naquele ano de 1956, Marinês registrava em disco sua voz pela primeira vez, na faixa “Mané e Zabé”, de Gonzaga e Zé Dantas. No entanto, tiveram que enfrentar o ciúme de Helena Gonzaga que exigiu do rei a dissolução do grupo.
Marinês tinha vinte anos e dizem que era um “pedaço de mau caminho” e no meio artístico, todo mundo sabia da fama de mulherengo de Luiz Gonzaga. Marinês reconheceu que “era louca por ele”, mas que era “mulé de um”, e Gonzaga gostava muito dela também. Depois, morando na Ilha do Governador e Marinês já famosa, Luiz se deitava na rede e passava tardes e mais tardes ouvindo as músicas dela, pra desespero de dona Helena Gonzaga.
No começo de 1957, em início de carreira, Marinês e seu grupo se apresentaram no programa Rancho Alegre, da rádio Tupi. Antes de entrarem em cena o apresentador Chacrinha apontou para Cacau e Abdias e perguntou à cantora:
- Quem são esses aí?
- É minha gente, explicou Marinês.
De bate-pronto, o velho guerreiro anunciou: “então é Marinês e sua gente. A partir de hoje vocês vão ser "Marinês e sua gente"”!
Compositor bom pra Marinês não faltava: Zé Dantas, João do Vale, Rosil Cavalcante, Onildo Almeida e vários outros. Marinês fez muito sucesso no fim da década de cinqüenta e por toda a década de sessenta. A partir de 1970, como toda música nordestina, foi reduzida ao espaço regional de onde ela nunca se afastou.
Marines gravou mais de 30 discos durante toda sua carreira
Faleceu 5 de maio de 2008, em Recife, vítima de um avc.
Uma perda irreparável para os amantes do forró!

Fiquem com mais uma música da rainha q eu adooooro....
"Tudo é bom e nada presta"



2 comentários:

Maria de Fátima disse...

Essa música "Desabafo" é a sua cara! Acho que foi composta pra você, rsrs
bjooos

Anônimo disse...

nossa!!! Acho q estamos com o pensamento em sintonia! Acabei de colocar essa música no meu perfil, vim aki passear e dei de cara com ela no seu blog! Q isso hein...nosso repertório tá furado rsrsrsrrs
Pri