Dia pós-niver

Hoje...

Dia de ressaca coletiva aqui em casa!

Nada de praia, nem de comidinha gostosa no almoço, nada de nada. Ninguém quer saber de nada por aqui, nem o Ruffus e o Duane estão discutindo hoje, como de costume... estão na varanda, dormindo um bem do ladinho do outro, na mais perfeita paz.

O Marcelo também está dormindo, desde ontem... culpa daquela cerveja q ele ganhou do dono do bar um pouco antes da gente ir embora .

Eu estourei uma panela de pipoca pro meu café da manhã/almoço e liguei a tv. A preguiça era tanta, q não quis me levantar nem pegar o controle e procurar um desenho animado... coisa q gosto de assistir assim q acordo. Deixei no Luciano Huck mesmo.

Daí uma parte de mim, a parte boa, disse: - Que horror!!!!! Não tem vergonha??? Vai assistir esse programa só de preguiça de esticar o braço pra pegar o controle!?!?!?!?

E a parte má respondeu: - Vou e daí?!?!!?

E sem se prolongar mais, ganhou a briga.

Tava passando Lar doce lar. E é impressionante como não consigo conter as lágrimas toda vez q assisto esse quadro.

Hoje era com uma família de Contagem- MG. A mãe, pedreira, e mais 3 filhas, 2 filhos e 1 irmão numa casa caindo aos pedaços, em ruínas, e geladeira completamente vazia.

E aquele Marcelo Rosenbaum é o cara, né! Ele, com ajuda daqueles pedreiros engraçadinhos e animadinhos, transformou a casa num sonho, enquanto a mãe ganhava 10 dias de férias em um SPA e a molecada um tratamento de dente... além de conhecerem o mar.

Eles ganharam uma casa nova lindíssima, mais uma conta no banco com 10 mil reais e uma faculdade de engenharia pra mãe q sonhava com isso.

E adivinha?!?!?!

Eu abri as comportas dos olhos....

Chorei quando eles ganharam a prova, de ver a peleja da meninada correndo pra dar tempo.

Depois chorei quando eles viram o mar pela primeira vez, num frio danado e ninguém se importou, todos correrem pra água e a mãe num sorrisão enorme disse “tamo q nem pinto no lixo”.

Depois quando eles foram conhecer a casa nova e a mãe tava de lente de contato verde, q ganhou de uma amiga, “agora q tinha virado madame”.

E chorei quando vi a cara de felicidade dos moleques viram a roda de capoeira q o Luciano fez e começaram a tocar berimbau e aqueles outros instrumentos de capoeira q não sei o nome.

E quando conheceram seus quartos e a mais velha maravilhada disse “olha esse espelho... vou passar o dia todo me maquiando”.

E quando um dos garotos disse pro irmão q mexia num jogo “cuidado Fulano, não vai deixar cair, hein!” .

E quando a menininha viu as canetinhas coloridas e falou “é tudo minha” e a mãe disse “é de todo mundo, Fulana”.

E chorei mais ainda quando uma delas, de uns 8 anos, mais ou menos, disse pro Luciano q agora não ia ser mais humilhada na escola pelas colegas q diziam q a casa dela era muito feia. O Luciano falou q essas coisas a gente deve retribuir com gentileza e q ela devia convidar as coleguinhas para conhecerem sua casa nova e deixá-las brincar com seu brinquedo novos. Ela concordou: - É... quando alguém faz mal pra gente , devemos fazer o bem pra pessoa. E o Luciano: - Isso mesmo! E isso se chama gentileza!

O Luciano é foda, né...

E eu gosto do cara....

Gosto mesmo!